16 de Outubro de 2020

COMUNICADO

Declaração do Estado de Calamidade

É já conhecida a posição dos Médicos pela Verdade Portugal (MpVP) no que concerne ao uso generalizado de máscaras.

Sobeja e exaustivamente documentada, em sucessivas publicações devidamente referenciadas e fundamentadas nas nossas páginas do Facebook e Mewe e também no nosso Blog, contrasta claramente com a ausência de referências científicas que suporte as medidas preconizadas.

Perante a declaração de Estado de Calamidade e a perspectiva da futura formalização da obrigatoriedade do uso dr máscara na via pública, têm os MpVP, quer enquanto cidadãos, quer como médicos e garante da Legis Artis na sua prática clínica, o dever de informar e reiterar a sua oposição a tal medida a bem da Saúde de todos.

Acerca das questões legais já se pronunciou o Dr José Manuel de Castro. Compete, agora, aos MpVP exporem as razões clínicas e a evidência científica que sustentam a absoluta reprovação das medidas prescritas não só por serem um atentado aos direitos, liberdades e garantias dos portugueses, mas também por constituírem um risco acrescido para a saúde física, mental e social de todos nós e ainda pela vacuidade em sensibilidade e o completo desdém pelo real tecido cultural, social e económico do país que amamos.

1 - Uma meta-análise de Maio de 2020, sobre a pandemia a Influenza A, publicada pelo CDC demonstrou que as máscaras faciais não tiveram qualquer efeito nem como protecção individual nem no controlo do contágio.

2 - Um estudo Cross-Country levado a cabo pela Universidade de East Anglia demonstrou que a obrigatoriedade do uso de máscara não trouxe benefícios significativos, antes contribuiu para o aumento do risco de infecção.

3 - Um artigo de revisão do Prof. Carl Heneghan publicado em Julho de 2020 pelo Oxford Center for Evidence Based Medicine, concluiu não existir evidência da eficácia do uso de máscaras de pano contra a infecção e a transmissão do vírus SARS-Cov2.

4 - Um estudo de 2015 publicado no British Medical Journal (BMJ) comprovou que as máscaras de pano são permeáveis a 97% das partículas (biológicas e inertes) em circulação no ar, podendo, inclusive, aumentar o risco de infecção por retenção da humidade e/ou pelo uso repetido.

5 - Uma revisão levada a cabo pela Norwish School of Medicine em Abril de 2020 permitiu concluir que “ a evidência não é suficientemente forte para apoiar o uso generalizado de máscaras faciais” mas suficiente para suportar “o uso de máscaras por indivíduos particularmente vulneráveis quando em situações transitórias de alto risco”.

6 - Há evidências recentes de que o SARS-Cov2 é transmitido maioritariamente em ambientes fechados e por gotículas e aerossóis menores, mas, devido à porosidade da malha das máscaras - mesmo as de maior segurança e de malha mais apertada - e também em consequência do uso incorrecto, 90% dos aerossóis contornam ou penetram as máscaras, contaminando, em poucos minutos, uma sala de dimensão média.

7 - A OMS admitiu à BBC que a alteração às orientações para o uso de máscaras não se deveu a novas evidências antes a “lobby político”.

8 - Uma análise do CDC-US levada a cabo em vários Estados durante o mês de Julho de 2020 e publicada no Morbility and Mortality Weekly Report daquela instituição revelou que 85% das pessoas infectadas pelo novo coronavírus relataram terem “usado sempre máscara”.

9 - O uso de máscaras por um período prolongado não é inofensivo como demonstram várias publicações da OMS, da Universidade de Leipzig, do Instituto Ambiental de Hamburgo e segundo o Sistema Europeu de Alerta Máximo - Rapex nas quais se documentam casos de dificuldade respiratória, intoxicação por dióxido de carbono, lipotimias, paragem cardíaca, erupções cutâneas, compromisso do desempenho escolar, consequências psicossociais moderadas a graves bem como repercussões ambientais a prazo.

Assim é possível concluir:
-
O uso de máscaras faciais em sociedade pode ser eficaz nalgumas circunstâncias mas actualmente existe pouca ou nenhuma prova que apoie a proposição da obrigatoriedade nomeadamente em espaço aberto.

- Se o vírus SARS-Cov2 for realmente transmitido por aerossol, é improvável que as máscaras ofereçam protecção com maioria de razão em relação às máscaras de pano.

- Pelo exposto as autoridades de saúde não deveriam presumir sequer sugerir que as máscaras, principalmente as de pano, contribuem para a redução da taxa de infecção ou do risco de contágio.

Por conseguinte:
A) Uma máscara é um “dispositivo médico” e não um adereço de moda, tampouco um objecto mágico muito menos milagroso,

B) O uso leviano de máscaras, por quem não tem treino ou compreensão, é mais nefasto que benéfico

C) Usar uma máscara é um acto médico de exclusiva responsabilidade e indicação clínica devendo, portanto, dimanar duma relação médico-doente e não da opinião dum qualquer guru.

D) O uso prolongado de máscara, principalmente quando fora do contexto hospitalar, acarreta riscos apesar dos eventuais benefícios, pelo que não pode ser imposto por decretos fundamentados em medo travestido de prudência e/ou que aspiram ao controlo disfarçado de protecção.

O Livre Arbítrio ainda é o que era e o seu exercício, devidamente esclarecido, um direito inalienável.

Os MpVP estão preparados para fundamentar tudo o que defendem dissipando quaisquer dúvidas quanto à sua integridade, competência e recta intenção.

Os MpVP estão disponíveis para conversar, esclarecer, facultar a informação de que dispõem e apresentar alternativas aos vários grupos parlamentares e demais autoridades nacionais para que possam votar e guiar os destinos do nosso país em consciência, honrando Abril e os direitos, liberdades e garantias consagrados na Constituição da Républica Portuguesa.

Os MpVP dizem NÃO!
Não á obrigatoriedade do uso generalizado de máscaras na comunidade por não haver prova científica que sustente tal imposição e porque Hoje e sempre o nosso moto é e será:
Primum Non Nocere

Lisboa, 16 de Outubro de 2020
Margarida Gomes de Oliveira, OM 34309
Médicos pela Verdade Portugal.

REFERÊNCIAS:
Are Face Masks Effective? The Evidence.
https://swprs.org/face-masks-evidence/


A cluster randomized clinical trial comparing fit-tested and non-fit-tested N95 respirators to medical masks to prevent respiratory virus infection in health care workers
https://bit.ly/3lZRqQn

A cluster randomised trial of cloth masks compared with medical masks in healthcare workers
https://bit.ly/31gwTPy

Advice on the use of masks in the context of COVID-19: interim guidance, 6 April 2020
https://bit.ly/3o0m2mx

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